Seminário Internacional do Projeto de Extensão Alimentos bons, limpos e justos do Movimento Slow Food

29/03/2017 17:25

Durante os dias 27, 28 e 29 de março o projeto de extensão “Alimentos bons, limpos e justos: ampliação e qualificação da participação da Agricultura Familiar brasileira no Movimento Slow Food”, coordenado pelo professor de Administração, Renê Birochi, realiza o Seminário Nacional de avaliação intermediária das ações do projeto iniciadas em março de 2016 e de planejamento de ações para 2017.

A UFSC, o Centro Socioeconômico e o Departamento de Administração estão recebendo cerca da 50 participantes das 5 macro regiões brasileiras – professores, pesquisadores, técnicos e especialistas – representantes de instituições brasileiras e internacionais, dentre as quais: a Secretária Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do governo federal; representantes da coordenação do Movimento Slow Food Internacional e brasileiro; Universidade de Bari/Itália; Universidade Federal do Recôncavo Baiano; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Universidade de Brasília, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UDESC e UFSC.

O dia 29 (quarta-feira) é dedicado à discussão da meta-eixo do projeto que prevê a elaboração de estratégias de comercialização de produtos da sociobiodiversidade – orgânicos, agroecológicos e de populações tradicionais – através de organizações solidárias (cooperativas e associações da agricultura familiar) e do mercado, e da aproximação com a rede de ecogastronomia do Movimento Slow Food (ecochefes) e seus arranjos organizativos (Arca do Gosto, Fortalezas e Comunidades do Alimento).

O projeto objetiva desenvolver estratégias, mecanismos e ações que ampliem a participação da agricultura familiar e de suas organizações na Rede Slow Food brasileira, qualificando, desta forma, a oferta de alimentos bons, limpos e justos. A Rede Slow Food têm ao longo de décadas estruturado metodologias, sistemas e processos para fortalecer o consumo em torno de produtos diferenciados, como aqueles típicos de territórios específicos da sociobiodiversidade da agricultura familiar.

Com escopo nacional, o projeto foi concebido para atuar nas cinco regiões político-administrativas brasileiras, alcançando, através de suas ações diretas, 17 estados, 40 territórios rurais e 145 municípios. Com isto, pretende-se gerar impactos positivos entre cerca de 5.000 agricultores familiares, 500 jovens rurais, 400 técnicos de ATERs e 200 empreendimentos sociais, tais como cooperativas, associações, movimentos sociais, sindicatos e grupos da sociedade civil organizada e do mercado.

O projeto é coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina e desenvolvido por meio de iniciativas interinstitucionais constituídas em rede com a participação de instituições de ensino públicas brasileiras e profissionais ligados à Rede Slow Food, representantes de instituições ligadas à agricultura familiar e iniciativas interdisciplinares com a presença de especialistas de diferentes áreas do conhecimento.